Vereadores formam força-tarefa para ajudar servidores
Reunião que durou cerca de uma hora definiu a estratégia que será utilizada pelos vereadores em defesa dos servidores públicos municipais. A insatisfação com a proposta do reajuste de 5% por parte do Executivo, dividido em três parcelas, provocou uma reunião com os parlamentares no Anexo da Câmara nesta sexta-feira. O encontro foi solicitado pelo vereador Marcelo Borjão (DEM).
Estavam presentes, ainda, Cléber Cabeludo (PMDB), João Gilberto Ripposati (PSDB), Carlos Alberto de Godoy (PTB), Itamar Ribeiro (DEM), Afrânio Cardoso (PP), Lourival dos Santos (PCdoB) e José Severino (PT). Também participaram da reunião o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SSPMU), Luís Carlos Santos, o presidente do Sindicato dos Educadores do Município de Uberaba (Sindemu), o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Marcos Gennari, e o assessor jurídico dos três sindicatos (incluindo o Codau), Frederico Fortes.
O presidente do Codau, Jasminor Francisco da Costa, não pôde comparecer, pois já tinha uma reunião agendada com a presidência da autarquia. Os servidores não aceitam a proposta do prefeito e se mostram indignados com o reajuste, após quase sete anos e meio de administração.
Marcelo Borjão destacou que, com o reajuste, o salário passa para R$ 570 reais, enquanto o salário mínimo é de R$ 622. Para o vereador, foi uma jogada inteligente do prefeito Anderson Adauto, pois ele está utilizando a súmula, ou seja, as gratificações, como forma de subterfúgio para garantir o aumento. Se considerar o valor pago pela prefeitura pelo plano de saúde (R$ 65), por exemplo, o ganho do servidor na verdade será de apenas R$ 8. Além disso, há quase cinco anos o tíquete de R$ 210 não tem aumento.
A alegação do prefeito de que não pode dar um aumento maior, pois já teve que cancelar algumas obras, de acordo com os sindicalistas, serve apenas para tentar jogar a sociedade contra os servidores. Durante a reunião chegou ser levantada por parte de Borjão a hipótese de "trancar a pauta" da Câmara para os projetos do Executivo. Porém, durante os debates, a possibilidade acabou sendo descartada. Vereadores e sindicalistas chegaram a conclusão que é melhor tentar negociar mais uma vez com o prefeito, desta vez com o reforço e o apoio dos 14 vereadores.
Ao final da reunião foi assinado um ofício, em nome das Comissões de Assistência aos Servidores e de Orçamento e Finanças, solicitando uma reunião urgente com o prefeito no início da próxima semana. A maior preocupação é o curto prazo, pois a decisão definitiva deve ser tomada até o dia 10 de abril, último dia previsto em lei para conceder reajuste a servidores públicos.
