Na última reunião ordinária de agosto o vereador Paulo César Soares (SD) ocupou a tribuna do plenário para manifestar sua preocupação com o alto índice de violência na cidade. “Uberaba está no rol das cidades mais violentas do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba”, afirmou o vereador. Acrescentou que, de acordo com a imprensa local, acontecem mais de 100 assaltos por dia na cidade e o alvo dos criminosos é o comércio. “A vida dos comerciantes e funcionários está à mercê de ladrões. Os lojistas sabem o horário que chegam para trabalhar, mas não sabem se voltam para casa vivos”, lamentou.
China ressaltou que há seis meses vem solicitando a instalação do sistema “Olho Vivo” na avenida Orlando Rodrigues da Cunha – Leblon - e rua Benjamim Bernardino da Costa – Costa Telles I, onde os lojistas não aguentam mais serem assaltados covardemente. “Muitos já pensam em fechar seus estabelecimentos”, afirmou.
China chamou a atenção dos deputados estadual Tony Carlos e Antônio dos Reis Gonçalves Lerim, que durante campanha eleitoral realizou uma audiência pública em Uberaba sobre Segurança e após serem reeleitos nada fizeram para buscar solução para a segurança pública na cidade. “Estamos pedindo socorro aos deputados Lerim e Tony; por estarem próximos ao governador é mais fácil cobrar mais investimentos na segurança de Uberaba”, ressaltou.
O vereador João Gilberto Ripposati (PSDB) argumentou que, com a implantação dos novos loteamentos Uberaba está em constante crescimento e para zelar pela segurança da população, o município conta apenas com 250 policiais. “É evidente que este número não é suficiente para atender a cidade. Mas, não podemos abater diante das dificuldades. Temos que continuar persistindo e cobrando das autoridades até que nossas solicitações se tornem realidade”, destacou o vereador, ressaltando que a segurança pública superou os problemas da saúde. “A saúde salva uma vida e hoje perdemos uma vida por falta de segurança”, disse.
Para o Ripposati é preciso que continuar insistindo no projeto de mais AISP, mas para que se concretize é preciso ter mais policiamento e, sobretudo, dar mais condições de trabalho para os policiais.
O vereador Afrânio Cardoso de Lara Resende (PROS) ressaltou que a falta policiamento atingiu todos os municípios do Estado de Minas Gerais. Para o vereador o número de policiais não irá aumentar do dia para a noite, é preciso pensar em alternativas. Disse que, junto com o presidente Luiz Dutra (SD) já solicitou uma audiência com o governador Fernando Pimentel para levar a ele a realidade da segurança de Uberaba. “Não adianta sonhar com mais efetivo, não porque o governador não quer contratar mais policiamento para Uberaba, mas é porque o Estado é muito grande, e o problema da falta de policiais é generalizado e não há dinheiro para atender todos os municípios. O governo não abre o concurso público porque não tem recurso para pagar os policiais”, argumentou Afrânio.
Já o vereador Franco Cartafina (PRB) discorda afirmando que dinheiro tem, o que falta é uma gestão pública mais coesa, sem corrupção. “Como dizer que o Estado não tem dinheiro para investir em segurança pública, se o Brasil é o país que mais arrecada tributos?”, questionou.
O presidente Dutra se mostrou indignado ao fato de não priorizar a segurança pública. Para ele não é difícil combater a violência, basta querer e fazer uma administração séria e transparente. “Não sobra dinheiro porque a corrupção é grande. Infelizmente a gestão do Brasil está dolosamente penosa”, desabafou.
Dutra comemorou a aprovação favorável, pela Câmara dos Deputados, da redução da maioridade penal para 16 anos. Para ele já é uma maneira de começar a combater a criminalidade no país.
Jorn. Cássia Queiroz
Departamento de Comunicação da CMU
20/08/2015