Vereadores mantêm apoio às reivindicações dos sindicatos

 

 

Representantes dos sindicatos dos Servidores Públicos Municipais (SSPMU), dos Educadores (Sindemu) e dos Trabalhadores da Indústria de Purificação e Distribuição de Água e Serviços de Esgotos de Uberaba (Sindae) voltaram a se reunir com vereadores em busca de apoio para as reivindicações junto ao executivo. A reunião antecedeu a sessão plenária do dia, dedicada à votação de Projetos de Lei.

 

Presidente da comissão de Assistência aos Servidores Municipais, vereador Marcelo Machado Borges - Borjão (DEM), iniciou as discussões defendendo o envolvimento dos vereadores na luta dos sindicatos. Ele explicou que os servidores de Uberlândia tiveram reajuste de 15%, Veríssimo e Araxá, 14%. "Tememos que em Uberaba não haja reajuste. Temos que tomar providências. Não podemos deixar o servidor continuar sendo prejudicado como vem acontecendo há oito anos", criticou.

 

Nessa mesma linha, o democrata também censurou o reajuste de 14% no contrato da Prefeitura Municipal com a Nutriplus, sob a justificativa de aumento nos preços dos gêneros alimentícios, bem como aumento no IPTU e na conta do Codau em 11%, enquanto o servidor continua ganhando pouco e cada vez com mais dificuldade de pagar os impostos. Para Borjão, servidores municipais são os principais responsáveis pelo desenvolvimento pelo qual passa Uberaba. "AA deve muito aos servidores pelo seu bom governo", defendeu.

 

Presidente do SSPMU, Luiz Carlos Santos, lembrou que desde novembro do ano passado tenta negociar com o prefeito a pauta de reivindicações. Após alguns encontros e reuniões adiadas, ontem (12) os representantes sindicais estiveram com AA. A categoria pede aumento real de 15%, bem como de 19,83% por perdas inflacionárias, e mais 140 reais no ticket alimentação, igualando-se ao mesmo valor do benefício pago para os servidores do legislativo. "O servidor, nesses oito anos, contribuiu, e muito, com a boa gestão da atual administração. Eles merecem ser reconhecidos".

 

Para o presidente do Sindemu, Adislau Leite da Silva, os sindicalistas já estão cansados de tanto diálogo e poucos resultados significativos. "Em, todas as vezes que nos sentamos com o prefeito, nunca houve negociação. Ele está utilizando o impacto financeiro do Plano de Carreira e o Plano de Saúde como justificativa para adiar nosso reajuste, mas essas mudanças deveriam ter acontecido no ano passado", ressaltou, acrescentando que as diversas obras que estão sendo executadas na área da Educação são importantes, mas, no momento, o que os servidores querem mesmo é discutir sua situação salarial.

 

Para o presidente do Sindae, Jasminor Francisco Costa, o sindicato trabalha no sentido de esgotar as negociações, haja vista que a greve penaliza quem menos tem responsabilidade em todo o processo: a população. Na próxima segunda-feira, os sindicalistas se reunirão novamente com o prefeito para avançar nas tratativas em relação aos itens da pauta de reivindicações. As informações do encontro serão repassadas aos vereadores e, caso não haja avanços, deverão ser adotadas estratégias para reverter a situação. "É hora de os vereadores firmarem um compromisso com os sindicatos", salientou Borjão.

 

Na ocasião, o também democrata, Itamar Ribeiro de Rezende, ressaltou que a política salarial dos funcionários precisa de uma revisão urgente. "A PMU está gastando quase 20% a menos do que pode gastar com o servidor", reclamou. O tucano João Gilberto Ripposati defendeu a mobilização da categoria como forma de garantir os direitos da classe e se colocou a disposição para ajudar no que for possível. Vereador Samuel Pereira (PR), por sua vez, sugeriu a realização de uma Reunião Pública para discutir o assunto, mas os sindicalistas entenderam que a proposta poderia enfraquecer as discussões. Já o progressista Afrânio Cardoso propôs que todos os 14 vereadores defendessem a causa dos servidores junto ao prefeito.

 

Além deles, vereadores Carlos Alberto Godoy (PTB), Jorge Ferreira (PMN) e o republicano Chiquinho das Zoonoses estiveram presentes e esperam que o prefeito tenha bom senso e atenda às reivindicações da categoria. Já os vereadores Almir Silva (PR) e José Severino (PT) - respectivamente vogal e suplente do colegiado - não puderam participar do encontro. O primeiro por estar se recuperando de cirurgia e o outro devido a compromissos previamente agendados.

 

Analisadas todas as sugestões, os parlamentares aguardarão posição dos sindicalistas para estabelecer as próximas ações. Outra reunião com a categoria deverá ser agendada para a próxima terça, após as tratativas dos sindicalistas com o executivo.